sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ana e o Mar - Segunda Parte do Primeiro Ato

Estando no lago, era como se o som do vento batendo nas águas fosse igual ao cheiro da brisa que entrava pelo seu nariz, e o céu azul parecia mais azul que o normal, com os golfinhos voadores acima de sua cabeça, ela começou a compor.

"Queria eu ver as laranjeiras sorrirem,
queria eu não ter mais de sofrer por elas,
queria eu ver A Floresta Da Lembrança nova,
queria ver o mundo como ele já foi um dia."

A Floresta em que Ana morava estava se perdendo, com a lembrança e o sentimento de cada ser vivente naquela terra, pois tudo agora era triste e infeliz, porque, de alguma forma, o material estava superando o que havia de mágic naquele mundo, de modo que as pessoas se preocupavam mais em ter uma roupa cara do que ter uma alma rara.
Passou todo o resto da manhã no lago, voltando para casa ao meio dia.
Chegando lá, havia algo de estranho, muitos animais e palhaços* haviam cercado a árvore do seu pai**, enquanto um esquilo veio à ela e disse:

'Caiu'.

-

Nota:

* Os Palhaços do mundo de Ana e o Mar devem ser vistos como uma raça diferente da humana, da mesma forma que os elfos de J.R.R. Tolkien, e não como pessoas normais.
São criaturas dotadas de magia e especiais em muitas coisas. Em breve mais informações.

** Na Floresta da Lembrança, cada ser do mundo tem uma árvore que tem as características do interior de seu respectivo 'dono'. Por exemplo: se a pessoa estiver triste, a árvore amanhecerá com as folhas murchas, se ela estiver cansada, a árvore vai aparentar estar balançando pra cair etc.

-

Sobre o Mundo [1]:

No início, Deva, O Primeiro Palhaço, havia usado a magia que tinha para criar Alexandria.
A cidade prosperou, mas Deva ainda não estava satisfeito. Não tinha conseguido, de fato, achar o que tanto queria e esperava. Então ele criou outros 7 Palhaços, a quem chamou de Filhos do Sol. Os desproviu de memórias, pois não podiam lembrar quem realmente eram e, com cada um desses Palhaços, ele deixou um pouquinho de sua magia, pra que, quando estivessem por algum motivo juntos, algo pudesse ser criado, pra transformar de novo o mundo no que algum dia ele já foi.


Nenhum comentário: