quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Dentro do Interior

Ela acha que eu não a acompanho. Pego o suco, fecho a geladeira e volto pro meu quarto, silencioso em sua pequena imensidão. Meu violão olha pra mim enquanto como algum pedaço de coisa de mais cedo, o pego e, dele, saem alguns acordes de notas de músicas de bandas que choraram que gemeram que perderam o freio. Ponto! Bah, que ponto que nada! A vida é uma trepada, a vida é uma furada! A vida é azul e o momento é cor-de-laranja. Amor, sorte, rancor, morte, vida, vestir uma bula, que porcaria toda é essa? Meu violão, agora ao fundo, me olhava torto. Em que você pensa? Em que você pensa?

Pensei em me jogar,
pensei em te trazer,
em te falar sem te dizer.

Pensei numa árvore,
num encarte,
numa carta e num desastre.

Eu penso que mundo precisa de revelaçããããão!
Que toda essa porcaria que persegue a gente é estranha, que se apaixonar demais é coisa ruim, que amar demais é coisa ruim.
E mesmo assim, ela acha que eu não a acompanho.
Se um olhar me denuncia e se um frio me bate a espinha, se até aquela química que acontece fosse imaginária. E mesmo assim ela acha que eu não a acompanho.
Bah, é só um anjo com asas e pés de chumbo! Que ligação eu tenho com ela agora?

Um comentário:

Amália disse...

"A vida é uma trepada, a vida é uma furada"

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

(Y)